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Bombo | Membranofone de Percussão
agosto 2022
O Bombo, instrumento tradicional da região alto-minhota, pertence à categoria dos bimembranofones, apresentando duas membranas – a batedeira e a berdoeira.
Consiste, portanto, numa caixa cilíndrica de ressonância, de som grave e seco, em regra, de grande dimensão, com peles retesadas por corda corredia, de percussão indireta, pela pancada de um ou dois bastões complementares. A tensão das peles, e consequentemente a afinação do instrumento, é controlada pelo maior ou menor retesamento da corda. A meia largura do casco, os bombos apresentam um pequeno orifício – o ouvido – que alivia e mantém em equilíbrio a pressão interior, evitando uma compressão que prejudique a sua sonoridade.
São geralmente de tipo largo, podendo exibir diferentes tamanhos, caso dos enormes bombos minhotos que atingem os 80 cm de diâmetro. O fuste, ou casco, é normalmente de madeira, havendo também de folha metálica. Para os arcos, utiliza-se qualquer madeira resistente de veio corrido, sendo as peles preferencialmente de cabra.
Nos desfiles, fanfarras ou grupos de Zés-Pereiras, o bombo é transportado à frente do peito, pendurado na vertical, preso por uma cinta de couro, que passa sobre o ombro direito e sob o braço esquerdo. Os bastões com que se batem as peles apresentam cabeça larga, geralmente almofadada.
O bombo é usualmente associado ao universo masculino, assumindo muitas vezes um caráter coletivo, sendo usado em funções públicas e pertencendo a um grupo local mais ou menos organizado.
Fonte: OLIVEIRA, Ernesto Veiga de – Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Nacional de Etnologia, 2000.