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Enxofradeira de fole | Instrumento de Proteção e Tratamento

Março 2021

enxofradeira_de_foleA videira, enquanto ser vivo vegetal, está exposta às mais variadas adversidades, tais como as condições ambientais, as deficiências dos terrenos e dos trabalhos executados (ex. poda incorreta, tratamento inadequado, adubo defeituoso, etc.) e os ataques de outros seres vivos (ex. fungos, bactérias, vírus, insetos, ácaros, aranhas, etc.), que podem causar diversos problemas ao nível do seu desenvolvimento e do seu rendimento, podendo, em alguns casos, provocar a sua destruição. Consequentemente, o viticultor deve ser um profundo conhecedor das suas causas, dos meios para evitá-los e dos remédios para tratá-los. Ao longo do seu ciclo vegetativo, a videira deve, por isso, ser submetida a tratamentos preventivos recorrentes, de molde a evitar ou sanar as enfermidades que mais comummente atacam as vides, como o míldio, o oídio, a podridão cinzenta, a flavescência dourada, entre outras doenças e/ou pragas.
 
Estes tratamentos  fitossanitários devem ser aplicados idealmente durante o inverno, sendo que, no passado, um dos instrumentos utilizados para o efeito era a enxofradeira de fole que servia para enxofrar ou pulverizar as videiras com enxofre e insecticidas. Este utensílio era habitualmente formado por uma haste de latão, apresentando, numa das extremidades, um depósito de forma convexa com uma entrada de boca larga na diagonal, lembrando um pequeno funil, e uma saída estreita e mais comprida na vertical, formando uma espécie de gargalo. No extremo oposto, existia um fole, constituído por três “rodelas” circulares de madeira, forradas e ligadas entre si por pele, com pequeno cabo de madeira.
 
FONTES: CHANTADA, Hernando Martinéz [et.al.] – A vide e o viño. Enciclopedia temática ilustrada, 2. Vigo: Promocións Culturais Galegas, 1999.