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Caneleiro | Preparação da Trama
Novembro 2019

Em Portugal, encontram-se dois tipos fundamentais: um composto por um eixo de ferro ou de madeira, com uma das extremidades aguçadas para fixação da canela, e que gira sobre duas hastes mediante o acionamento de um aro (volante) colocado a meio comprimento; o outro, semelhante na forma às rodas de fiar com manivela, apresenta um fuso em ferro e carreto em madeira destinados à fixação e enrolamento da canela com fio.
No primeiro caso, o caneleiro é, em regra, constituído por base formada por uma tábua retangular, em madeira, que fixa verticalmente as duas hastes em ferro, cujos topos são atravessados na perpendicular pela vareta aguçada, rematada por longo espigão, no qual entra a canela, feita de cana, a encher de fio, e por vareta em ferro e madeira acionada através do impulso de rotação dado pelo volante disposto a meio comprimento, por sua vez composto por um aro em ferro ligado ao eixo por dois raios.

No segundo caso, o caneleiro é formado por uma mesa elevada sobre quatro pés, que apresenta dois pares de colunas ou alças, sustentando as mais altas a roda maciça ou raiada, em madeira, com eixo e manivela de ferro, e servindo as mais baixas de suporte ao fuso de ferro com carreto de madeira. A roda possui, a toda a volta, um sulco na face periférica, onde encaixa a corda que transmite o movimento ao carreto do fuso.

Fonte: OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando, PEREIRA, Benjamim, O Linho. Tecnologia Tradicional Portuguesa, Lisboa: Centro de Estudos de Etnologia – INIC, 1991.