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Sedeiro | O Processo de Assegagem
Fevereiro 2019
Após a espadelagem – ato de espadelar ou bater o linho para separar os tomentos –, segue-se a última etapa da limpeza e seleção do linho – a assedagem – que tem como objetivo principal a separação das fibras mais finas e longas das mais curtas e grosseiras – a estopa.
Para a realização deste trabalho, recorre-se a um instrumento conhecido por sedeiro ou pente de assedar. Este é geralmente constituído por um paralelepípedo de madeira, disposto na horizontal. A parte superior está revestida por uma chapa de metal, através da qual estão cravejadas, verticalmente, várias fileiras de dentes de aço pontiagudos, de secção circular. O paralelepípedo assenta numa tábua de madeira, de formato retangular, disposta também na horizontal.
Os sedeiros apresentam um formato retangular, quadrangular ou circular, podendo apoiar-se sobre uma estrutura com pés, tipo mesa, ou resumir-se a uma tábua de madeira.
Para assedar, a mulher senta-se em frente ao sedeiro e empunhando uma porção de linho numa mão “sacode-a para a endireitar e passa-a sobre o sedeiro em movimentos leves e cuidados, acompanhando e amparando [o linho com a outra mão], penteando-a primeiro nos dentes mais grossos e depois nos dentes mais finos”. Esta operação realiza-se em ambos os lados da porção de linho.
Depois de assedado, o linho encontra-se pronto para colocar na roca e fiar.
Fonte: OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando, PEREIRA, Benjamim, O Linho. Tecnologia Tradicional Portuguesa, Lisboa: Centro de Estudos de Etnologia – INIC, 1991.