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Cesta das Vindimas | A cestaria
Setembro 2018
O cesto consiste num instrumento de acarreio humano que, ainda hoje, está presente em diversos trabalhos agrícolas, nomeadamente nas sementeiras e na apanha de frutos, sendo comum a sua utilização nas vindimas.
A cestaria tradicional portuguesa pode ser dividida em diferentes modelos, cuja classificação basicamente assenta nos materiais usados na sua confeção:
a) cestos de madeira rachada;
b) cestos de verga;
c) cestos de cairo ou bracejo e esparto;
d) cestos de cana;
e) cestos de rolos de palha cosidos em espiral.
No Alto Minho, o mais conhecido é o primeiro – o cesto de madeira rachada. O seu fabrico é, em regra, o resultado de pequenas indústrias caseiras de cariz familiar.
Os cestos de madeira rachada apresentam, geralmente, o fundo quadrado “com a boca perfeitamente redonda guarnecida com um bordo rígido bem revestido por uma fita delgada”. Encontram-se em vários tamanhos e alturas, sem asa, com duas asas baixas ou com uma única asa alta em arco feita com uma tala nua. Normalmente, as madeiras mais usadas na sua construção são o castanho e a austrália, sendo também habitual o uso de varedo de carvalho.
À semelhança dos cestos descritos anteriormente, as cestas utilizadas nas vindimas são feitas em madeira rachada de “teçume” estreito e têm sempre fundo quadrado, boca larga arredondada e asa em arco. A esta última associa-se, por vezes, uma peça designada por “cambito”, que consiste numa espécie de gancho usado para suspender a cesta nas uveiras ou nas ramadas altas e também para a colheita de frutos de árvores.
Fonte: OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando, PEREIRA, Benjamim, Alfaia Agrícola Portuguesa, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995.