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Engenho | O Processo de Maçagem

Janeiro 2019

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O linho, depois de curtido e seco, é submetido ao processo de MAÇAGEM, que consiste na separação das fibras lenhosas das têxteis através da fracturação das primeiras e da limpeza das segundas dos fragmentos das palhas. Esta operação pode ser realizada por diferentes instrumentos e aparelhos – variando consoante as regiões do país – mormente o maço, a grama, o engenho, a espadela e o sedeiro. No Alto Minho, recorre-se geralmente a estes três últimos dispositivos.

O ENGENHO – equipamento utilizado no esmagamento da parte lenhosa do linho desde o primeiro quartel do século XIX – apresenta três formas distintas de tração – humana, animal e hidráulica. Feito em madeira, é, em regra, constituído por uma armação, um mecanismo de trituração e um carreto. A armação é formada por dois barrotes, unidos entre si por duas travessas e suportados por quatro pernas. Sobre cada um dos barrotes eleva-se um tampo lateral de contorno circular. O mecanismo de trituração é composto por um tambor rotativo feito de aduelas muito espessas, atravessado ao centro por um eixo em ferro, através do qual recebe o movimento do mecanismo motor. O engenho é ainda dotado de um carreto, constituído por um ou dois discos grossos de madeira, que gira sobre o mesmo eixo que atravessa o tambor do mecanismo de trituração. Na parte anterior, podem existir um ou dois pesos em pedra, cónicos, suspensos da travessa frontal, que servem para controlar a pressão exercida sobre as palhas do linho a triturar.

Fonte: OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando, PEREIRA, Benjamim, O Linho. Tecnologia Tradicional Portuguesa, Lisboa: Centro de Estudos de Etnologia – INIC, 1991.